sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Dio Pereira - Canção em cima do telhado



canção em cima do telhado

beijo doce 
no gargalo 
sede de corpo molhado
nus em cima do telhado 
noite a fora. 
tem unzinho já bolado
e o vento tá pra aquele lado
olha só que estrelado 
o ceu agora.
conta como foi seu dia
quantas estrelas caíram
tanta coisa que eu queria
e já não importa mais
tudo está em seu lugar
estamos lado a lado.

enquanto tudo for mistério,
me abrace e diga que ainda é cedo.

estar contigo é uma fissura
homeopática loucura
barra que não se segura 
pesa à beça
e é leve e nos faz ser melhores
mais sinceros, mais capazes
de lidar com falsidades
interiores.
certo como a luz é clara
sei que isso é coisa rara
nesses dias tão confusos
e sem graça.

mas tudo está em seu lugar
estamos lado a lado.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

L.O.V.E


Eu trago a luz do sol 
dentro de uma garrafa 
com libido 
e umas doses 
de sussurros 
para seus ouvidos

se você me achar impossível

eu rasgo a seda
eu viro
um bicho
de sete cabeças
cuspo no infinito
um grito
faço que não acredito

se você me achar impulsivo

vou aos sete mares
me afundando
em seus olhares
engolindo suas lágrimas -
que lágrimas salgadas... -

se você gostar de mim

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA É AMAR
TUDO O QUE VOCÊ PRECISA É AMOR

ameaço um homicídio
vou a júpter
num míssil
faço cena de difícil
mas desarmo num sorriso

se você me achar impossível

risco todos os seus discos
rasgo as páginas dos livros
finjo que nem vale a pena
qualquer rima de poema...

se você me achar impulsivo

faço o prato preferido
pro almoço de domingo
eu trago um coração do bingo
eu mostro
como o mundo é lindo

é só você gostar de mim

tudo...
tudo o que a gente precisa é amar
tudo o que a gente precisa é amor.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Suzy



a maquiagem feita às cores de neón
sempre que tem vaga no seu coração
seu coração de beira de estrada

ela é minha irmã

nada mais que um drops de hortelã
a terceira de um cigarro
e um algafã
pra quando a barra tá pesada

ela é minha mãe

acontece sempre quando fecha o bar
quando chega não tem hora pra passar
ela carrega um coração
metrópoles de amor e solidão
monólogos com gosto de sabão
e um riso que remete à escravidão

ela é meu irmão